domingo, 7 de junho de 2009

Abuso do Sensacionalismo


[imagem do google]

Com a recente Lei de Imprensa revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que já era ruim, ficou pior. Se notícias sensacionalistas eram comuns, porém existiam um “remédio” jurídico específico que regia o assunto. Agora a punibilidade para o abuso da massificação da informação, da difamação e a perca do senso de ética nos meios de comunicação já chega a um ponto de reflexão para a sociedade.

Na comunicação social, a hipótese do agenda setting está sendo desgastante para a sociedade em geral, esse efeito causa nas pessoas ansiedade e preocupação, especialmente sobre fatos de comoção social. O agenda setting consiste em um efeito social da mídia que compreende a incidência de notícias sobre os temas que o público falará e discutirá, ou seja, o público discutirá o assunto do momento que são transmitidos em veículos midiáticos como: televisão, rádio, jornais, revistas, internet etc.

O acidente da Air France ocorrido no dia 31/05, levou a uma "turbulência" de informações não confirmada pelos órgãos oficiais do governo do Brasil ou da França. A especulação da mídia foi tão grande que confunde familiares dos vitimados no acidente do vôo 447. Com isso, o investigador francês Paul-Louis Arslanian diz: “que há exagero na cobertura do acidente” e, assim, pede prudência a mídia.

Assunto de família ganha notícia como, por exemplo, “Xuxa já fala sobre sexo com Sasha”, intimidade de gente famosa ganha audiência fora do segmento da mídia da fofoca. Entendo que tem muitas pessoas tem interesses em saber da vida dos famosos, existem os veículos especializados que já pautam o assunto, agora ganhar segmento que se espera notícias com um grau de seriedade e importância para a população como, por exemplo, qual é o projeto de lei que o congresso está debatendo? Quais são as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal que irá beneficiar diretamente a comunidade local?

Onde está à questão ética em tudo isso? Levam-nos a pensar para quem trabalhar a mídia? Conversando certa vez com um jurista na universidade, omitirei o nome, pois não pedir autorização. Ele disse: “que a mídia trabalha para grandes grupos financeiros e principalmente para o governo, visto que na maioria das vezes quem financia os jornais e revistas é o próprio governo, portanto o departamento comercial é quem manda na editoria”. Os estudantes de comunicação também debatem esses assuntos na faculdade. O sistema é mais forte que os novos profissionais que entram no mercado não conseguem quebrar esse paradigma?

A falta de ética profissional é tanta que hipóteses inconclusas passam como fatos consumados. Mais exemplos, segundo o site, Defesa Brasil “As especulações incluem até a hipótese de um atentado a bomba. Para tal, se escoram na nacionalidade de alguns passageiros, cinco libaneses, dois marroquinos e um turco, como se o local de nascimento das pessoas já as condenasse a terroristas”. Colocam como se a notícia partissem de fonte como Agencia Brasileira de Inteligência (Abin).

Nunca a lei de imprensa fez tanta falta, como agora. O direito de resposta é necessário. A liberdade de expressão tem limite. O Jornalista deve ser imparcial e justo. Não se pode deixar que a ordem pública seja perturbada por grupos que só interessam o lucro e nada mais. Portanto, pedir o mínimo de ética no jornalismo é bastante? Respeitar a sociedade brasileira é bastante? Ainda bem que existe pessoas honestas, justas, compromissada com a ética, moral e com os bons costumes etc. Assim, espero que você esteja desse lado também.

Nenhum comentário: